VÍDEO: Mãe que denuncia abuso de líder religioso estava ao lado da filha, mas não notou nada: 'Minha alma pede por justiça'
14164339 (VÍDEO TEM QUE SER PUBLICADO) Enquanto a filha de 14 anos era abusada pelo líder religioso preso na zona rural de Uberlândia na noite de sexta-feira...
14164339 (VÍDEO TEM QUE SER PUBLICADO) Enquanto a filha de 14 anos era abusada pelo líder religioso preso na zona rural de Uberlândia na noite de sexta-feira (5), a mãe dela estava ao lado, de olhos fechados e em oração, a pedido do próprio suspeito. Na ocasião, o homem se aproveitou que a mulher rezava para esfregar o pênis na adolescente. A outra filha dela, de 22 anos, também foi abusada pelo líder religioso. De voz embargada, a mãe, que preferiu não se identificar, relembrou que, mesmo tendo estado perto da filha quando o crime aconteceu, ela só ficou sabendo do ocorrido meses depois. E agora, após a prisão do suspeito, clama para que a justiça seja feita. Veja o vídeo acima. "Saber que eu estive presente em um dos abusos, enquanto orava, é uma dor muito grande. Dói saber que alguém que eu amo vai carregar esse trauma pelo resto da vida porque ele usava de sua figura religiosa para cometer esses abusos. Minha alma pede por justiça", disse a mãe. O suspeito, de 46 anos, não teve o nome divulgado pela Polícia Civil. A mãe citou o nome dele, mas o g1 optou por não divulgá-lo para preservar a identidade das vítimas. O homem foi preso pelos crimes de estupro e estupro de vulnerável. Os abusos aconteciam no centro religioso do criminoso, em um quarto nomeado por ele como 'creche'. Segundo a Polícia Civil, além das irmãs, uma amiga delas, de 12 anos, também foi abusada. As informações foram confirmadas pela delegada Daniela Novais Santana na segunda-feira (8). ✅ Clique aqui e siga o perfil do g1 Triângulo no WhatsApp 'Dizia estar incorporado' Segundo a delegada Daniela Novais, suspeito alegava estar incorporado para cometer os abusos Reprodução/TV Integração De acordo com a delegada, o suspeito simulava incorporar entidades para violentar as vítimas. Os casos denunciados à Polícia Civil ocorreram entre fevereiro e novembro de 2025. Durante os abusos, o homem esfregava suas genitais nas mulheres abusadas, tocava suas regiões íntimas e as ameaçava. Segundo a mãe da vítima de 12 anos, o líder religioso dizia que as entidades ficariam bravas caso as meninas contassem sobre o que acontecia na 'creche'. "Quando eu questionei sobre o ocorrido, ela disse que achava que era normal. Eu só descobri porque ela contou para um amigo e a mãe dele nos contou. Ela disse que, inclusive nas últimas semanas, ele fazia planos para abusar delas", relembrou a mãe. Ao g1, a mãe afirmou que desde que a filha passou a frequentar o centro religioso, ela teve uma súbita mudança de comportamento. Agressividade e nervosismo se tornaram cotidiano na residência da família e, acuada, a menina até culpou o próprio padrasto. "Desde que passou a frequentar o centro ela estava totalmente mudada, nervosa, estava agressiva, me acusava de ser preconceito, que o padrasto incentivava que eu dissesse aquelas coisas. Cada ida para lá eu ficava nervosa. Chegou ao ponto de ela não conseguir nem ir para as aulas. As professoras se queixavam que ela dormia porque chegava tarde do centro", disse. LEIA TAMBÉM: Pastor preso por abuso sexual dava lanche e era chamado de 'pai' Líder religioso é preso suspeito de abusar de mulheres, adolescentes e crianças Detenta faz visitantes reféns e agride policiais em presídio Vítimas esconderam abusos por medo O líder religioso estava foragido e foi localizado após as mães das vítimas formalizarem denúncia na Delegacia da Mulher. “O mandado de prisão foi cumprido e ele foi encaminhado para a Penitenciária Professor Jacy de Assis”, afirmou a delegada. Ainda segundo Daniela Novais, o suspeito tem passagens por importunação sexual, incluindo duas prisões em flagrante em 2021 pelos mesmos crimes. Ele responderá pelos crimes de estupro e estupro de vulnerável. "Elas esconderam os abusos por medo. Ele sabia como manipulá-las, manipulava emocionalmente, financeiramente e fisicamente. Minhas filhas, de 14 e 22 anos, só tiveram coragem de contar após a menina de 12 chegar ao limite e contar também. Não são só elas, são muitas vítimas que ele fez. Muitas mães têm medo de denunciar, mas acredito que esse seja apenas o primeiro passo", finalizou a mãe das irmãs abusadas. Polícia Civil prende suspeito de abusos sexuais dentro de centro religioso VÍDEOS: veja tudo sobre o Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas N